[Câncer de Mama] Jaqueline Defácio Lages

Aprendendo com Você
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Jaqueline - Sou Jaqueline, tenho 41 anos e, além do trabalho semanal, sou costureira e tenho como paixão artesanatos. Tenho 2 filhas [20 e 23], sou casada, moro na cidade de Matozinhos em MG há 10.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Jaqueline - Fazendo o autoexame, percebi um caroço na mama direita e notei mudança na mesma. Procurei o posto para melhor análise e fui encaminhada para fazer exames ultrassom e mamografia, que confirmou a presença de nódulos mamários. Assim, segui para biopsia e retirada dos nódulos.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Jaqueline - Sim, além dos nódulos (pois eram nas duas mamas), sentia dores localizadas que normalmente me incomodavam durante a noite. Comecei a sentir desconforto no braço direito, mas até então não via ligação com o fato.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Jaqueline - A princípio, por sentir esses desconfortos, não dei muita importância, mas logo que notei o nódulo, fiz primeiro o ultrassom que já deu de fato a alteração de categoria 4 BI RADS-US, o que indicava chance de 20 a 30% de ser câncer. A partir daí começou a maratona, logo fui encaminha para mastologia e assim se seguiu...
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Jaqueline - A princípio levei um susto, mas logo fui me preparando para o passo seguinte e não me deixei abater. Também queria que meus familiares e amigos ficassem tranquilos e por isso me mantive calma e pensei que isso não iria acabar com a minha alegria. Eu faria o que fosse necessário para ficar bem.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Jaqueline - A preocupação foi o fato de depender do SUS nesse momento, tanto que os exames iniciais fiz particular para não demorar muito, pois esse sim era o meu maior medo. Com tantas noticias a respeito, também tinha a preocupação com o profissional que fosse cuidar do meu caso.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Jaqueline - Sim, só os procedimentos cirúrgicos passei por 4 cirurgias, uma delas foi a mastectomia com reconstrução imediata e esvaziamento axilar. Agora aguardo o resultado de um exame [FISH] para dar inicio à quimioterapia e logo em seguida fazer a rádio, mas está em andamento.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Jaqueline - Ainda não dá para responder essa pergunta, pois ainda não concluí meu tratamento.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Jaqueline - Na mastectomia com reconstrução, tive um problema com aderência de pele, o que dificultou o pós operatório e a prótese não descia para o lugar, causando dor e incômodo. Por isso, tive que passar por outra cirurgia para corrigir o problema e isso me deixou um pouco abalada, mas ter pensamentos positivos e ver que isso era algo que podia acontecer me tranquilizaram bastante.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Jaqueline - Com meu mastologista oncológico a minha relação é ótima e de confiança, desde que entrei no consultório senti que podia confiar nele. Com o oncologista da quimio, também senti mesma coisa, embora estou só iniciando essa relação com ele já pude perceber que é um profissional consciente e atencioso.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Jaqueline - Sim, com médicos que fizeram parte da equipe do meu mastologista e outros que trabalham no atendimentos de pacientes em geral, principalmente assistentes sociais.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Jaqueline - Não, porque ainda não achei necessário.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Jaqueline - Ainda na expectativa, aguardando os próximos procedimentos. Mas levo a vida de forma leve com a mesma alegria de sempre.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Jaqueline - Por enquanto trabalhando até dar inicio a quimioterapia.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Jaqueline - Estou buscando os que me cabem.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Jaqueline - Pretendo investir no meu artesanato, me colocar a disposição do Posto de Saúde para palestras e informações como paciente, o resto ainda a pensar.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Jaqueline - Primeiramente tentar manter a tranquilidade e a paz mental, pois isso vai ajudar a pessoa a ter mais consciência e manter o equilíbrio para fazer tratamento. Buscar informações para o seu tipo de câncer para poder entender melhor os fatos, enfim... Muitas coisas.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Jaqueline - Uma cunhada me apresentou o site logo que soube do meu problema.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Jaqueline - Acho o trabalho de vocês perfeito e completo. Embora ainda sou nova, estou gostando muito, só no começo tive um pouco de dificuldade de fazer meu cadastro.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Jaqueline - No nosso País o que falta é uma medicina preventiva, a dificuldade maior nessa área é muito grande, principalmente com os primeiros exames quando na verdade esses é que deveriam ter mais urgência pois quanto antes melhor, tem pessoas que fora da campanha do câncer de mama por exemplo, esperam uma média de 3 a 4 meses só para fazer esse exame, sem contar outros que são feitos para detectar determinados tipos de cânceres, o tempo é crucial na vida dessas pessoas, por isso a medicina preventiva faria muita diferença.
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