[Câncer de Fígado] Jackeline Monteiro Da Silva

Aprendendo com Você
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Jackeline - Meu Nome é Jackeline, tenho 21 Anos, sou solteira, não tenho filhos, sou formada em pedagogia e moro com a minha mãe. Também Tenho um Blog: FIM DO SILÊNCIO, O CAMINHO DA CURA, na qual sempre estou falando do meu dia-a-dia e acompanhamento sobre a doença.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Jackeline - Descobri através de uma bateria de exames que fiz, em um ultrassom dos rins no qual o médico fez mais no abdomêm, descobriu uma massa e não conseguia identificar e através da anemia que estava muito alta. Fui encaminhada com o resultado dos exames e do ultrassom e exames de sangue feitos, onde fizeram uma biopsia para descobrir o que era a massa no abdomêm.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Jackeline - Sim. Perda de Peso, Fraqueza, taquicardia e não conseguia me alimentar muito bem.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Jackeline - Dificuldades para marcar a bateria de exames. Pois se eu não tivesse conseguido marcar rápido através de um amigo, e ir muito longe de casa para realizar os exames, ainda estaria esperando pelo SUS para que marcassem a bateria de exames que o médico na época solicitou, e não teria o Diagnóstico.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Jackeline - Fiquei arrasada. Como dizem meu mundo caiu. Antes mesmo de ir a consulta para pegar o resultado da biopsia, tinha olhado o exame (aquela famosa curiosidade) mais não quis acreditar, cheguei até mesmo brigar com a minha mãe no dia. Quando recebi a notícia da médica, simples assim: "você tem um Tumor Maligno" meu mundo desabou, dali em diante eu não sei mais como seria, o que eu iria fazer, só não quis chorar na frente da minha mãe para parecer forte, mais ao sair do hospital não me contive e cai em lágrimas. Afinal, o chão caiu ali, naquele momento para nós duas. Acredito que no momento não cheguei nem a pensar em nada talvez, por tão chocada que fiquei, realmente não sabia o que iria fazer, apenas sabia que ia lutar.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Jackeline - Não me lembro ou não sei. Talvez de morrer ?! Como seria minha vida de agora em diante?! O que os outros vão pensar?!
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Jackeline - Sim, estou fazendo quimioterapia à 6 meses. Já troquei 3 ou 4 vezes de quimioterapia. Por enquanto meu tratamento vai sendo assim, nos ciclos de quimioterapias, exames de sangue e imagens para ver os resultados.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Jackeline - Acredito que não tem o mais difícil, todos os tratamentos existem suas doses ruins. Eu não fiz nenhum outro tipo além da quimioterapia. A quimioterapia te derruba de uma forma, mas depende do organismo da pessoa também, porém a radioterapia eu já ouvi dizer, que queima bastante a pele dependendo do local do tumor. Enfim, todas tem um certo de dificuldade, acredito que ainda não exista uma um pouco menos complicada.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Jackeline - Sim, Náuseas, vômitos, diarreia, intestino preso. Algumas vezes era muito ruim você não ter mais nada para jogar para fora, ou ficar com enjoo, não podendo sentir o cheiro de comida, ou comer e já ir ao banheiro, ou ficar com a barriga doendo, mais tudo foi questão de paciência, tomava remédios e esperava. Fazia o que podia, tentava de tudo. Mais aos poucos tudo foi se ajeitando. E Agora não sinto mais nada.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Jackeline - No começo era muito simples, era apenas as informações necessárias do tratamento e respostas de algumas dúvidas. Com o tempo fomos conversando melhor e no qual na equipe de oncologia que me atende eu fui muito bem atendida por uma médica da equipe e aí ficou melhor ainda o contato, onde sempre passo por ela, mais todos os médicos da equipe já conhece meu caso, e sou melhor atendida por eles agora, talvez com um pouco mais de atenção. A Relação é super tranquila, boa!
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Jackeline - Sim. Com Hepatologistas antes de ir para o Instituto do Câncer, pois tentaram uma cirurgia antes de ir para o tratamento quimioterápico, mais não obteve sucesso na cirurgia. e com a Nutricionista, pois na época tinha perdido muito peso, e como eu iria começar a fazer a quimioterapia na veia, precisava ganhar peso, estava muito magra.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Jackeline - Não faço não. Acredito que o meu maior acompanhamento é a minha Família e o amor de todos.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Jackeline - Está mais ou menos. Não posso dizer ruim, porque no último exame de sangue deu uma melhora significativa, já engordei, cheguei ao peso que sempre tive. Nunca senti dores referente ao tumor, ainda continuo fazendo quimioterapias, e pra ficar melhor (minha vida estabilizada), preciso ter notícias melhores sobre a doença tipo: que diminuiu e que futuramente posso fazer a cirurgia para a retirada, e me estabilizar com outras problemas (financeiros, etc). Mais apesar de tudo estou muito feliz, pois estou caminhando e estou vencendo cada Luta dessa batalha, e sei que vou Vencer a Guerra. Vai ficar melhor ainda quando eu receber a minha cura.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Jackeline - Não. Eu tive que parar por causa do câncer, pois eu trabalhava de estágio, por causa da faculdade e eles não aceitavam atestados e nem afastavam. Tive que sair. E agora estou parada no momento, mais com a minha melhora, o médico já me liberou para trabalhar.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Jackeline - Sim. busquei o direito de auxílio doença ou o Loas, porém não foi aceito em nenhum dos dois. (auxílio doença, porque fazia tempo que não contribuía e o Loas por causa da pensão da minha mãe, que ela recebe do meu falecido pai). Bilhetes Especiais. Também entrei com advogado na faculdade, pois no último semestre que descobri a doença e não quis trancar a matrícula, eles não estavam querendo aceitar meus atestados, alegando que poderia ser fraude.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Jackeline - Trabalhar no que eu gosto, na minha área. Ter e dar comodidade pra mim e minha família, talvez poder ajudar quem precisa, passar um pouco da minha experiência. Arrumar uma pessoa legal para ficar comigo. Ser Feliz cada vez mais.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Jackeline - Primeiramente o mundo vai desabar claro, por um minuto deixe que ele caia, chore e faça tudo que sentir, passou esse um minuto, levante a cabeça e siga em frente, pois o desespero é momentâneo, o medo pode passar a ser momentâneo também. Não adianta lutar de cabeça baixa, tem que colocar o pensamento que vai ser difícil, mais jamais impossível, é questão de paciência e aprendizado. Tenha Calma, que tudo na vida é programado por Deus e Ele sim pode Tudo.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Jackeline - Informaram no hospital o site do paciente oncológico, depois procurei saber, busquei informações. Site, facebook, etc.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Jackeline - Que o Oncoguia faça mais encontros para trocas de experiências. Ah sei lá.. rsrsrsrs
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Jackeline - Primeiramente, que os postos de saúde tenham estrutura e médicos capacitados para facilitar na descoberta do câncer, no diagnostico. Que busquem mais opções para ajudar, que sejam mais humanos e vejam a situação e a necessidade de um paciente oncológico. Já ia melhorar muito tendo mais hospitais, mais médicos capacitados e melhorar a estrutura de atendimento, tudo. Que eles ajudem mais nas condições de estruturas e pesquisas de tratamentos. Que possam ajudar mais nas condições dos cientistas, que busquem mais e mais pesquisas de tratamentos. Que ajudem com o que for necessário, para encontrar mais avanços na medicina.
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