[Câncer de Mama] Gloriete De França Pimentel

Aprendendo com Você
Gloriete de França Pimentel
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Gloriete - Sou Pedagoga aposentada pela PMSP em fevereiro de 2014. Quando descobri o Câncer em janeiro de 2014, na época estava com 58 anos e optei pela mastectomia radical bilateral, por ser a terceira das quatro irmãs a apresentar a doença. Tenho dois filhos homens já casados, não tenho netos ainda, sou natural de Recife-PE, mas vivo em São Paulo-SP desde 1979. Em setembro de 2018, nos exames semestrais fui diagnosticada com a volta do câncer, inclusive na mesma mama. Em outubro 2018 fiz a cirurgia para retirada dos tumores e em novembro comecei o tratamento quimioterápico e depois das quatro sessões vermelhas, iniciamos a radioterapia concomitantemente com as sessões brancas da quimioterapia. Agora devo voltar ao Oncologista para saber a continuação do tratamento.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Gloriete - Por ter tido duas irmãs com câncer de mama já fazia o acompanhamento anual. Nos exames de janeiro de 2014, a ultrassonografia apresentou o nódulo e a biópsia confirmou a malignidade.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Gloriete - Não sentia absolutamente nada, inclusive o nódulo não era palpável.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Gloriete - Nenhuma.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Gloriete - Fiquei bastante triste e apreensiva quanto ao avanço do tumor e temi muito que outros órgãos já estivessem comprometidos. O que não se confirmou, porém, um desses dois novos tumores estava localizado na região axilar com irradiação para costela na parte dorsal.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Gloriete - Além de morrer, temi muito, pois seria uma cirurgia grande (com previsão para 8-10 horas), o local do tumor que atingia a costela estava em área de difícil acesso e não sabia se iria ser possível fazer a reconstituição com prótese naquela mesma cirurgia. Mas, sem dúvida, a possibilidade de intercorrências que dificultassem o desenvolvimento da cirurgia e que viessem à minha morte foi o medo maior.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Gloriete - A cirurgia foi realizada em novembro 2018. Após toda cicatrização iniciamos 4 sessões de quimioterapia (vermelha), depois passamos a 25 sessões diárias de radioterapia e concomitantemente 12 sessões semanais de quimioterapia (branca) que terminei no dia 30 de maio de 2019. Amanhá voltarei ao Oncologista para que veja o hemograma e defina o que será feita daqui para frente.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Gloriete - As sessões de quimioterapia é a fase mais difícil por conta dos efeitos colaterais, que vão desde a ânsia sem fim até a queda de todos os cabelos e pelos do corpo inteiro. Em ralação às sessões de radioterapia, os incômodos para mim, começaram quarenta dias depois do início, pois começaram a estourar as queimaduras na pele, na parte da frente, nas costas e na axila. Foi muito incômodo até a cicatrização, até por ser um local difícil.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Gloriete - Durante os efeitos bebi muito líquido gelado, tomei remédios para ânsia de vômito de 4 em quatro horas, alternando dois remédios que meu onco passou e que foram eficazes, pois não apresentei vômitos e nem febre.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Gloriete - Meu oncologista é o mesmo desde 2014 quando do primeiro nódulo e continuo com ele, que é competente, cuidadoso e muito atencioso. Faz questão de me explicar tudo muito detalhadamente.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Gloriete - Não.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Gloriete - Só com Deus!
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Gloriete - Estou esperançosa e fortalecida para continuar a batalha se ainda não dada por encerrada a guerra. Confio em Deus de que tudo será conforme a Sua vontade para a minha vida.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Gloriete - Estou aposentada desde o aparecimento do primeiro tumor em 2014.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Gloriete - Sim. Isenção de IPI/ICMS para aquisição veicular, Isenção de IRRF.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Gloriete - Ficar curada, continuar a viver aproveitando cada dia dessa maravilhosa aventura que é a VIDA.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Gloriete - Primeiramente Fé de que tudo está nas mãos daquele que também nos permitiu chegar onde chegamos; Força e determinação para enfrentar as dificuldades que se apresentarem durante o tratamento, lembrando sempre que cada organismo é único e responde de forma única também;Convicção de cada câncer é de um tipo e que existem tratamentos diferenciados para cada espécie de tumor e consequentemente, os efeitos são diferenciados e por último ter em mente que querer a cura é a mais eficaz ferramente para vencer esta guerra.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Gloriete - Por indicação do mastologista que me acompanhou no primeiro tumor e também por ele atender pelo meu plano de saúde. Ao chegar no consultório obtive ótimas informações de pacientes que já estavam sendo acompanhados por ele.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Gloriete - Encontrem um meio de lutar para que o atendimento pelo SUS seja mais rápido, essa doença é uma verdadeira corrida contra o tempo, e muitas e muitas pessoas não possuem outra alternativa.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Gloriete - Sem dúvida maior investimento em saúde, melhorias no Sistema Único de Saúde e celeridade nos exames de pessoas acometidas pelo câncer, onde cada dia significa uma chance ganha ou perdida.
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