[Câncer Colorretal] Evelyn Bispo

Aprendendo com Você
Evelyn Bispo
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Evelyn - Me chamo Evelyn, tenho 33 anos, sou casada e tenho quatro filhas (16,13,7 e 54 dias). Moro em São Paulo, meu marido e eu temos uma oficina mecânica onde trabalho como consultora técnica.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Evelyn - Com 19 semanas, na minha quarta gestação, comecei a sentir fortes dores no abdome. Ao realizar um ultrassom de vias urinarias, identificaram um cisto de 11cm na região direita. Foi realizado uma cirurgia para retirada do cisto e também se fez necessário a retirada do apêndice e foi realizado a biopsia que apresentou o diagnóstico.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Evelyn - Nenhum. Havia realizado todos os exames de primeiro trimestre de gestação, incluindo ultrassom morfológico.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Evelyn - Não houve dificuldade no diagnóstico em si, mas no que seria feito, pois não podia realizar exames de imagem com contraste, o que dificultou o estadiamento. Porém, após a confirmação de que era iniciado no apêndice com metástase para os ovários indicaram a antecipação do parto para somente após decidir o tratamento. Isso gerou certa angustia e ansiedade.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Evelyn - Senti um pouco de medo, principalmente por estar grávida, mas sempre confiante em Deus mantive a calma e a vida dentro da normalidade.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Evelyn - Com meu esposo e minhas filhas, o receio de ficar debilitada e choca-los.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Evelyn - Sim. Fiz a primeira cirurgia no quarto mês de gestação e a segunda junto com a cesárea onde retirou o ovário esquerdo que media 25cm e fiz a primeira seção de quimio 24/09/15. A expectativa da quimio foi muito difícil para minha família, mas para mim, as cirurgias foram mais difíceis, por causa das fortes dores pós cirúrgicas.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Evelyn - Até agora o mais difícil foi a cirurgia, por ser de grande porte a recuperação foi mais demorada e dolorosa.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Evelyn - A primeira seção foi mais tranquila do que imaginei. Senti enjoo, dores nos olhos, no maxilar e muito cansaço, mas nada insuportável. Por terem sido mais amenas que esperava, fiquei tranquila, principalmente por buscar a leitura da bíblia que me traz muita calma e esperança.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Evelyn - Como passo no AC Camargo até o momento foram vários médicos a maioria muito solícitos e humanos. Agora comecei com uma nova equipe e gostei muito, são atenciosos e otimistas.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Evelyn - Quando recebi o diagnóstico, passei com uma oncologista do convenio que era uma pessoa áspera, insensível e aparentemente vendedora de quimioterapia. Já ia procurar uma segunda opinião e isso só fez com que eu priorizasse mais isso, foi quando consegui encaminhamento pelo SUS para o AC Camargo, onde estou tendo todo o suporte necessário.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Evelyn - Até o momento não, por falta de tempo e sincronismo de agenda.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Evelyn - Mais tranquila porque as consultas são mais espaçadas estou voltando a rotina, curtindo minhas filhas inclusive a pequena que após 41 dias de internação está em casa. Meu relacionamento com meu marido esta voltando ao normal, voltamos as coisas de casal, até as implicâncias de costume rsrsrsrs. Tento deixar a vida o mais normal possível estou sempre sorrindo e alegre e a cada dia valorizo mais o presente que Deus me deu a vida.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Evelyn - Estou trabalhando, mas não todos os dias por causa da bebe.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Evelyn - Viajar mais com a família, leva-las para conhecer mais lugares. Penso em abrir mais um negocio mas ainda sem definição do que será.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Evelyn - Não receba o diagnóstico como sentença, a sua cabeça pode ser seu maior inimigo ou melhor amigo depende da maneira que você olhar. Não aceite condolências de seus amigos, conhecidos e familiares o coitadismo é o primeiro passo para a depressão. Lembre-se que todos estamos de baixo de um propósito e que essa situação só te fortalecerá, não deixe de sorrir de se reunir com os amigos. Seja feliz.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Evelyn - Pesquisando na internet.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Evelyn - Site excelente, com informações claras e simples, embora não tive uma resposta objetiva o email foi respondido rapidamente. Estão de parabéns.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Evelyn - Que mais importante do que criar leis como a Lei 12.732/12, que assegura aos pacientes com câncer o início do tratamento em no máximo 60 dias após a inclusão da doença em seu prontuário, no Sistema Único de Saúde (SUS). É proporcionar condições para que elas se cumpram, que diminuam os gastos do governo que são absurdos e invistam na prevenção de doenças.
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