[Câncer de Mama] Ebilene Campos Dos Santos

Aprendendo com Você
Ebilene Campos dos Santos
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Ebilene - Sou Ebilene, Publicitária, tenho 43 anos. Moro em Salvador - BA, não tenho filhos.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Ebilene - Não sentia absolutamente nada. Em dezembro de 2019 fui fazer exames ginecológicos de rotina e a ultrassonografia acusou um nódulo na mama direita. Fiz ultrassonografia, mamografia e biópsia. Saí de férias em janeiro e ao retornar, recebi a confirmação de um câncer de mama. A partir daí, um misto de tensões e esperanças teceram os meus dias.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Ebilene - Não.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Ebilene - Não tive nenhuma dificuldade. Realizei todos os exames pré-cirúrgicos. No dia 02 de abril fiz a cirurgia, em meio a muitos receios com a covid-19.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Ebilene - No início foi um choque, um nó na garganta e um vazio enorme por dentro, mas temos que enfrentar o tratamento que é complicado e doloroso e não devemos ter medo. Temos que saber lidar com a doença.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Ebilene - O preconceito das pessoas com a doença é muito grande, principalmente com a falta do cabelo, é um olhar que condena. Sabia que seria muito longo e doloroso.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Ebilene - Em maio iniciei a quimioterapia. Fiz oito sessões que eram realizadas a cada 15 dias e terminaram em agosto. Em setembro foram 15 sessões diárias de radioterapia que terminaram no dia 28. Apesar do estresse e dos temores, estou muito feliz com os resultados, pois tudo ocorreu muito bem, mesmo diante dessa pandemia que estamos vivendo. Foi muito difícil, mas olhei pra frente e segui em frente.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Ebilene - A quantidade de sessões e as datas podem parecer apenas números. Mas para mim foi uma experiência dolorosa e também a oportunidade de valorizar e lutar pela vida.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Ebilene - Senti tontura leve, dor de cabeça, insônia toda noite, aumento de apetite, vista turva e embasada, irritação com barulho, um pouco enjoada com cheiros, gases, dor no corpo e na lombar, dor no couro cabeludo, queda de cabelo, indisposição, unha escura, ressecamento nos pés e nas mãos, língua escura. Muitos dos efeitos colaterais só sumiram após a conclusão do tratamento.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Ebilene - Meu médico foi maravilhoso.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Ebilene - Sim, com mastologista, oncologista, radioterapia, fisioterapeuta, nutricionista, psicóloga, farmacêutica e enfermeira.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Ebilene - Fiz durante a quimioterapia, foi tranquilo, eu estava muito bem.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Ebilene - Estou muito bem, super feliz e curada.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Ebilene - Continuei trabalhando.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Ebilene - Não foi necessário.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Ebilene - Agora sigo ajudando e alertando outras mulheres sobre a importância da prevenção para a saúde por meio de uma ferramenta que descobri poderosa: contar minha história com todas as letras, para tentar que ela não se repita. Vou seguir por aí, narrando minha experiência.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Ebilene - Falar da importância do cuidado com a saúde. Fazer os exames, pegar o resultado, voltar a médica e seguir o tratamento corretamente com alimentação e repouso. Se for confirmado o diagnóstico ter pensamentos positivos. Fazer o auto exame, ultrassonografia e mamografia. O câncer não espera a próxima estação do ano. Ele tem pressa.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Ebilene - Através da necessidade de fazer o tratamento da quimioterapia.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Ebilene - Falar sobre o câncer de mama o ano inteiro.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Ebilene - O governo tem que possibilitar a realização dos exames o ano inteiro principalmente no interior do estado.
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