[Câncer de Mama] Cristiane A. S. Piva

Aprendendo com Você
Cristiane A. S. Piva
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Cristiane - Sou casada há 23 anos, sou Relações Públicas e tenho 2 filhos com idade de 14 e 21 anos.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Cristiane - Fui eu mesma que descobri um pequeno nódulo na mama esquerda, através do autoexame.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Cristiane - Não, apenas o aparecimento do nódulo.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Cristiane - Tive um laudo errado de mamografia, onde o médico falou que era uma glândula, passados 6 meses fui em um mastologista, onde realizei a biópsia e foi constatado que era um câncer.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Cristiane - Eu estava certa que era apenas uma glândula, como o meu ginecologista que havia realizado os meus dois partos disse que não "era nada" eu achei mesmo que não seria, então fui tirar a dúvida com um especialista, onde me deparei com o diagnóstico de câncer de mama.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Cristiane - Pensei no meu marido, nos meus filhos que tinham na época 7 e 13 anos e como iriam sobreviver sem mim.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Cristiane - Chegamos no ponto que eu queria falar, fiz os tratamentos, quimioterapia 8 sessões, 25 sessões de radioterapia, 12 sessões do Herceptin e uma braquiterapia, fiquei assintomática, só tomando tamoxefeno, mas no início de 2012, fui fazer a bateria de exames que essa doença exige, através da cintilografia foi descoberto um pequenino sinal de câncer no osso do esterno e vários nódulos pulmonares, muito pequeninos que já estão desaparecendo a cada novo exame que eu faço, fiz mais sessões de quimioterapia em conjunto com a vacina Herceptin e Zometa para os ossos, e estou tomando o Anastrozol.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Cristiane - De todos que fiz o mais difícil foi a quimioterapia vermelha, pois fiquei careca e o intestino não funcionava bem, tive muita constipação intestinal, do resto tirei de letra.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Cristiane - Como disse anteriormente o que mais me castigou foi a constipação intestinal e no segundo tratamento, tive muita diarreia, mas a questão de vomitar foi apenas na primeira quimioterapia, depois aprendi como meu corpo reagia ao tratamento nunca mais vomitei.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Cristiane - Na verdade tive dois médicos, o primeiro foi o Dr. Teixeira, do Instituto do Radium em Campinas, e no momento estou sendo atendida pela Dra. Andrea, no CQA Unimed Campinas, minha relação com os dois foi e é excelente, pois Deus colocou esses dois anjos na minha vida, estou ainda tomando a vacina do Herceptin e o Zometa.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Cristiane - Sim, no CQA Unimed, tem vários profissionais, converso muito com a fisioterapeuta Liliane, com a psicóloga Daniela e todos os enfermeiros e recepcionistas me conhecem, pois estou fazendo tratamento há mais de 3 anos. Faço parte do grupo Rosa e Amor aqui da minha cidade de Valinhos, que dá apoio as pacientes acometidas pelo câncer de mama, vou enviar uma foto minha, que fez parte do projeto do meu grupo ficando exposta em Valinhos e em Campinas, foram fotografadas todas as mulheres do grupo durante o Outubro Rosa.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Cristiane - Apenas fui em algumas sessões com a psicóloga, mas vocês querem saber o que me salvou da depressão, que nunca tive por sinal, foi eu conseguir dirigir, o meu psicólogo foi meu carro, pois eu tinha muito medo de dirigir e depois do câncer perdi o medo e dirijo em qualquer lugar, o câncer foi ruim, sim, mas teve seu lado benéfico me curei do medo de dirigir.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Cristiane - Estou bem, fazendo tratamento, mas levo uma vida normal, levo meu filho ao colégio, faço compras, vou ao Banco, pago contas, faço tudo que uma mulher faz no seu dia-a-dia.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Cristiane - No momento da doença eu não estava mais trabalhando.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Cristiane - Sim, auxílio doença, que foi negado pelo INSS, pude comprar carro com todos os descontos.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Cristiane - Gostaria de voltar a exercer minha profissão pois sou secretária e Relações Públicas.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Cristiane - Ser guerreira, ser forte, não ter medo da doença, mais sim, lutar contra ela, eu fiquei curada, o câncer voltou, mas eu vou matá-lo novamente afinal de contas estou viva desde 2007, o câncer não vai me vencer.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Cristiane - Através do Facebook.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Cristiane - Suas matérias são excelentes e esclarecedoras, parabéns para a equipe do Oncoguia, minha forma de ajudar outras pessoas a enfrentar o câncer é compartilhando no Facebook, para alertar à todos sobre mitos e verdades sobre o câncer.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Cristiane - Eu tenho plano de saúde, mas para quem não tem, é muito difícil, pois os pacientes acometidos pelo câncer deveriam ser tratados com mais dignidade e respeito e não ter que enfrentar filas, e muitos desistem no meio do tratamento,e acabam morrendo, triste realidade.
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