[Câncer Colorretal] Claudia Maria De Souza Lima

Aprendendo com Você
Claudia Maria de Souza Lima
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Claudia - Sou Cláudia Lima, tenho 43 anos, sou téc.enf e pedagoga. Sem filhos e solteira.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Claudia - Em 2004 fiz a reto e apresentou Hemorroida II E colite. Em 2007 soltava gazes e apresentava uma secreção escura, e então resolvi procurar um proctologista. Uma semana depois, tive uma hemorragia.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Claudia - Dores abdominais, secreção escura e hemorragia.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Claudia - No início a dificuldade foi onde realizar a retirada dos pólipos.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Claudia - Fiquei sem acreditar no diagnóstico. Pensei que podia ser benigno e foi, até dar uma inflamação no intestino. Tive que repetir a colono e fiz uma ultrassom onde surgiu uma dúvida de um hemangioma no fígado. Foi solicitado uma ressonância onde apresentou lesão focal.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Claudia - Sempre calma, a maior preocupação foi onde iria fazer a cirurgia.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Claudia - O tratamento comecei em 2009. Neste momento, estou fazendo a qt e já fiz 104 sessões, esperando fazer o pet scan para definir a terceira cirurgia do fígado com nódulos de 1,2 e 2 cm e dos pulmões no esq dois nódulos no dir um nódulo e fiz a punção na tireoide para saber se é bem ou mal. A maior dificuldade a falta de respeito com o ser humano, perdi meu plano de saúde o ano passado e na justiça fui humilhada...
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Claudia - O tratamento é difícil, mas depende de como se encarar. A primeira consulta com a oncologista foi tranquila, mas ela não pode me acompanhar e tive que fazer o tratamento em outra clínica. Momento difícil quando a enfermeira me disse que só ia começar com 15 dias, porque eles tinham muito pacientes. Passei a semana toda resolvendo a liberação dá quimio, a cirurgia do por cat, andando no sol quente e na companhia de Deus. Saia de casa 7h e voltava as 19h. Tive que manter a calma e resolver tudo...
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Claudia - Vômito, enjoos, dores na vagina, prurido no reto, dor no corpo todo, mudança de temperamento. O que me sustenta até hoje é o mover de Deus em minha vida.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Claudia - Nunca gostei dá oncologia, pelo fato de não gostar de sofrimento, mas hoje vejo o tratamento difícil, sofro em ver as outras pessoas. Para mim é difícil, mas não gosto de sofrer e vejo de uma forma diferente a relação com a médica onco, uma relação boa, mas ela levava os problemas pessoais dela para o consultório. A outra era uma psicóloga e amiga, mas nunca tinha tempo para o paciente fora da clínica, quem mas me ajudou foi meu proctologista e o clínico geral. Hoje a oncologista que me acompanha é o anjo que Deus colocou em minha vida. Está fazendo o possível, diante de um quadro complicado.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Claudia - Não entendi bem a pergunta. No início, fiquei igual um peixe fora d"água. Meu proctologista me ajudou bastante, mesmo ele não sabendo, mas as palavras dele faziam eu superar as dificuldades que surgiam e o carinho que ele me passava. Até hoje sinto falta de apoio dos profissionais no tratamento do paciente com câncer.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Claudia - Em 2009 fui a primeira psicóloga. Ela ouviu, me achou uma pessoa independente e falou que neste momento eu ia ter que aprender a depender das pessoas e que as pessoas iam ter que me entender. Ai fiz o contrário, se fosse esperar que as pessoas me entender, não estaria mas aqui. Ela não me acompanhou mais. Em 2011 mudei de médica e conheci outra psicóloga maravilhosa, mas tive sepsia passei 14 dias na uti, quando sai do hospital procurei Dr. Aécio e relatei o que passei na uti, ele fico atônito e pediu para cuidar de mim. Hoje a equipe dele cuida de mim com carinho e não pude mas continuar o tratamento com a psicóloga essa sim uma psicóloga 10. Na clínica não tenho acompanhamento com a psicóloga, na verdade acho uma falha dá clinica e dá própria profissional.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Claudia - Diante de Deus estou bem, passo por várias lutas e provas constantes. Sou feliz e busco a cada segundo dar valor a minha vida, viver o impossível para muitas pessoas.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Claudia - Não trabalho. Parei por causa do tratamento, mas não sou acomodada. Vendo livros nas clínicas para ajuda a pagar meu tratamento.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Claudia - Sim, direito ao passe livre, prioridade no atendimento, FGTS, IPTU, ITBI.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Claudia - Que meu projeto seja aprovado sobre o passe livre para paciente com câncer e outros direitos em Sergipe.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Claudia - Que a notícia seja passada com clareza e que a família passe amor, atenção, carinho a toda equipe.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Claudia - Quando iniciei o tratamento.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Claudia - Que o tratamento seja mas humanizado, principalmente aqui no nordeste. Como profissional vejo que aqui as pessoas são pouco preparadas para lidar com o paciente oncológico.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Claudia - O câncer é um tratamento que na maioria das vezes estamos lutando para vivermos e precisamos ser tratados com mas respeito e dignidade. O que fazer para que nossos direitos sejam respeitados? Que esses políticos se coloquem em nossos lugares.
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