[Câncer Colorretal] Arlinda S Lisboa

Aprendendo com Você
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Arlinda - 50 anos. Sou professora, 3 filhos, separada e de Iporanga/SP.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Arlinda - Tinha muita disenteria (por anos). Engravidei e percebi que durante a gravidez toda estava com o mesmo peso. Sentia muitas dores no corpo, principalmente no lombar e também apresentei fezes com sangue.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Arlinda - Disenteria com sangue nas fezes.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Arlinda - Por estar com a vesícula calcificada, os médicos achavam que era pedra na vesícula.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Arlinda - Desanimada. Meu filho ia fazer 5 anos e o mundo desabou. Achei que já estava condenada a morte.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Arlinda - Deixar meu filho ainda pequeno sem mãe.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Arlinda - Eu já terminei o tratamento. Operei em 2016, tirei uma boa parte do intestino. Peguei bactéria hospitalar e fiquei em coma. Mas me recuperei, fiquei com bolsa de colostomia por 1 ano e em 2017 fiz cirurgia de reconstrução. Fiquei curada do câncer e agora, 2019, descobri que estou com câncer no fígado e vou recomeçar o tratamento com cirurgia e quimio.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Arlinda - O emocional, pois o câncer ainda assusta e as pessoas não sabem que, se você se tratar, as chances pra sobreviver são grandes.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Arlinda - Sim. Não senti tanto as náuseas, mas tive dormência e choques nas mãos e pés. Não tive problemas com plaquetas durante a quimio e me alimentei de forma nutritiva.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Arlinda - Me fez sentir confiante e segura. Ainda me trato com ela.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Arlinda - Sim, gastrocirurgião (devido a cirurgia de intestino e agora fígado), estomaterapeutas (tive colostomia e vístula), psicóloga (tive momentos de medo) e necrófolos (quase tive falência nos rins).
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Arlinda - Em determinado momento precisei conversar com uma psicóloga, devido estar longe do meu filho pequeno ainda.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Arlinda - Faço acompanhamento médico constante pois meu intestino não funciona normalmente e vou muito ao banheiro. Não voltei a dar aulas... Sou readaptada, mas ainda tenho abertura na fístula e agora vou recomeçar o tratamento para fazer a cirurgia no figado e depois quimioterapia.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Arlinda - Fiquei de licença desde fevereiro de 2016 até junho de 2019. Hoje estou readaptada, mas devido a reincidência do câncer pretendo tentar me aposentar por invalidez.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Arlinda - Não, pois fiquei muito debilitada devido aos problemas. Agora vou atrás dos meus direitos, como isenção do imposto de renda e aposentadoria.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Arlinda - Viver.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Arlinda - Ter Fé, se segurar na vontade de viver e acreditar que dias melhores viram.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Arlinda - Buscando na internet.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Arlinda - Priorizar os direitos dos colostomizados, pois o material é caro e de difícil acessibilidade. Tem determinada quantidade para se pegar, mas nem sempre é suficiente. Precisam também melhorar os direitos de quem faz ou fez quimio, pois nunca mais seremos como éramos antes.
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