[Linfoma Não Hodgkin ] André Luis Jucá Da Silva

Aprendendo com Você
André Luis Jucá da Silva
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) André - 43 anos, formado em Ciências da Computação, empresário, 3 filhas, divorciado e do Rio de Janeiro. Tinha 30 anos quando fui diagnosticado.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? André - Tive um inchaço na virilha e fui ao médico. Ele me mandou fazer vários exames que não confirmaram nenhuma infecção. Então ele resolveu fazer uma biopsia, mas coletou o material de forma incorreta e a biopsia deu negativo para câncer. Então eu comecei a peregrinar por vários médicos e todos eles descartaram a hipótese de ser um linfoma por causa da biopsia. Após 8 meses o tumor estava do tamanho de uma laranja, surgiram mais 4 tumores menores e a circulação sanguínea da minha perna esquerda ficou comprometida. Estava a ponto ter um problema sério na perna quando um médico finalmente confiou em sua experiência e confrontou o laudo da biopsia. Então fui encaminhado ao INCA e fiz uma segunda biopsia, que confirmou o linfoma.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? André - Somente o inchaço na virilha.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? André - Estão descritos no item 2.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? André - Fiquei com medo em relação às minhas filhas, pois elas sempre moraram comigo (eu já era separado) e a mãe não tinha condições de cuidar delas. Portanto eu não podia morrer, nem deixar de trabalhar. Também fiquei com medo da quimioterapia e dos efeitos colaterais.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? André - Está descrito acima.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? André - Comecei o tratamento em janeiro de 2004 e terminei em julho de 2004. Felizmente, apesar de estar num estágio um pouco avançado no início do tratamento, não tive nenhuma recidiva. rnA quimioterapia foi muito difícil, os efeitos colaterais eram bem fortes, fiquei sem pelos e tinha depressão nos dias posteriores à aplicação da quimioterapia. Também fiz 20 sessões de rádio, que foram difíceis, mas não tanto quanto a quimioterapia.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? André - A quimioterapia. Os efeitos colaterais são terríveis, a fraqueza, as náuseas, as dores, o cansaço, as aftas, a depressão, as tonturas, a tremedeira, enfim, tudo isso misturado foi muito difícil.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? André - Os efeitos da quimio estão descritos no item acima. Da radio foram queimação na pele, queimação na mucosa do ânus, e diarreia.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? André - Foi ótima! Ele foi muito amigo durante o tratamento, muito acertivo nos tratamentos propostos e muito esclarecedor.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? André - Sim. Com uma psicóloga, radioterapeuta e os enfermeiros.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. André - Sim. Foi muito importante para me ajudar a lidar com a depressão que eu sentia nos dias seguintes à quimioterapia, além de me ajudar a não me revoltar com a doença e a encarar o tratamento com positividade e confiança.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? André - Sou empresário, tenho 3 filhas (tive a última alguns anos depois do tratamento, minha fertilidade voltou), vivo uma vida normal, sem restrições, não tomo remédios. Enfim, levo uma vida totalmente normal.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? André - Continuo trabalhando. Por opção, não parei nem durante o tratamento.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? André - Sim. Saquei o FGTS.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? André - Continuar trabalhando, ampliar minha empresa, comprar uma casa e dar uma vida tranquila às minhas filhas.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? André - Não se desesperar, entender que é uma doença que pode ocorrer com qualquer um, ou seja, você não foi escolhido, além de ter confiança e positividade. Apoio psicológico é importante, apoio afetivo é fundamental, então aproxime-se e peça ajuda à família e aos amigos e, se tiver uma religião, busque apoio espiritual.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? André - Pelo Facebook.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? André - Não parem nunca!
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! André - Melhorar as políticas públicas de apoio aos pacientes e familiares. Os hospitais públicos e de referência precisam ser melhores equipados, e é preciso assistência aos familiares, que muitas vezes não sabem lidar com a doença do familiar.
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