[Câncer de Ovário] Ana Cristina Aragoni

Aprendendo com Você
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Ana - Olá Sou Cristina Aragoni, tenho 48 anos, sou administradora de empresas, executiva do ramo de automóveis em São Paulo, sou casada e tenho 2 filhos. Moro na Praia Grande, litoral de SP. Atualmente, me recuperando da quimio.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Ana - Tive sorte, muita sorte. Passei mal com uma dor pélvica horrível que me fez procurar o médico de imediato. Diagnóstico de cisto rompido no ovário, fiz ultrassom e o ovário esquerdo estava muito maior. Meu médico receitou um anticoncepcional para interromper a ovulação. Após 10 dias meu abdômen estava inchado e dolorido. O que me fez retornar ao médico que me indicou um cirurgião. Em 10 dias, já estava operando. Fiz histerictomia total com incisão vertical.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Ana - Nunca tive sintomas, os exames de rotina desde a minha adolescência apontavam ovário policísticos, sem nenhuma preocupação. Os de rotina como mamografia, Papanicolaou... Todos normais. Hoje, sei que existe um marcador tumoral CA125, fiz da cirurgia e é através dele que minha oncologista acompanha meu tratamento, junto com exames de imagem. Um erro não utilizar este exame nas mulheres como rotina. Nenhuma amiga conhecia este exame, um grande erro. Hoje alerto a todas que posso, pois tive a sorte de descobrir no inicio, o que é raro.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Ana - Depois dos sintomas que apresentei descobri logo. Entretanto tive sorte, pois minha dor não teve relações com o câncer. Foi um milagre.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Ana - Fiquei arrasada, medo muito medo. Foi horrível, um filme de terror. O que foi me dando confiança foi o cirurgião de primeira, que me informou como seria passo a passo, me indicou para uma equipe de oncologia chefiado pela Dra. Suely Monterroso, titular do AC Camargo. Ela me passou confiança, esperança e fé no tratamento. Fiz 6 ciclos de quimio, foram 5 meses. Muito difícil, mas com ajuda do meu marido e da família superei com dignidade.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Ana - Tenho medo de recaída, Meu câncer estava no estágio 1, minha cirurgia foi curativa e hoje após as quimio meu CA está bem baixo, mas o medo fica. Não tive alta médica, já fazia exercícios físicos, mas como estou com tempo, estou empenhada em ficar em ótima forma pra diminuir ainda mais qualquer chance de recaída.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Ana - Em recuperação, como falei.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Ana - Quimioterapia. É um bicho papão mas ele que cura. Eu agradecia mentalmente, mas não é fácil.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Ana - Todos os efeitos conhecidos, enjoos, vômito, anemia. Mas não tive uma gripe, levantava de cama após os 6 dias e ia caminhar.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Ana - Maravilhosa, profissionais de primeira, respeito dedicação ao paciente.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Ana - Não.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Ana - Não fiz.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Ana - Estou muito bem graças à Deus.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Ana - Parei, ainda não tive alta.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Ana - Retomada da vida normal.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Ana - Não tenha medo, é difícil mas passa.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Ana - Indicação do meu cirurgião.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Ana - Campanha de câncer de ovários, com realização de exames de CA125. As mulheres não conhecem esta doença e geralmente descobrem muito tarde. Não podemos deixar mas mãos do acaso.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Ana - É uma vergonha, eu sou uma privilegiada em 6 meses, descobri, operei e terminei as quimioterapia. Existe mulheres na fica para um ultrassom até agora, isso é crime.
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