[Tumores Cerebrais / Sistema Nervoso Central] Aline De Souza Torres Homem

Aprendendo com Você
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Aline - Tenho 37 anos, sou da área administrativa, solteira e sem filhos.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Aline - Com problemas de movimentação do lado direito, o Neurologista pediu uma Ressonância Magnética acreditando ser um AVC, já que eu era fumante e tomava pílula, e descobrimos o tumor.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Aline - Sim, vários, mas a maioria só descobri após a cirurgia que eram sintomas. Os que me levaram a um médico foram movimentos errados e falta de força nos membros do lado direito (não estava escrevendo quase nada e virava o pé toda hora), mas tive apatia e enxaqueca horríveis também.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Aline - Não muitas, já que o tumor era uma bola com 6 cm de diâmetro, aproximadamente. O tipo de tumor foi diagnosticado somente após a remoção e biopsia.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Aline - Pensei nos meus pais e na minha avó materna, "mas como assim eu vou dar trabalho a eles?", logo depois no meu irmão, na minha cunhada e na minha sobrinha, na família em geral. Não fiquei desesperada, a primeira pergunta que fiz ao médico foi "e aí, o que devo fazer?".
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Aline - Mais que tudo, foi operar e ter sequelas que dessem trabalho e/ou gastos a minha família. E não poder mais viver plenamente.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Aline - Sim, já operei, fiz radioterapia e quimioterapia também, estou em remissão. Não é fácil, mas com bom humor, positividade e fé a gente faz piada dos efeitos colaterais e sente menos tudo de ruim que possa vir. Engordei 35 quilos e fiquei meio "deformada" por conta da cortisona por um tempo, só agora, após quase três meses do término da quimio, estou sentindo voltar mais ao normal... Mas tudo bem, o importante é que deu certo!
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Aline - A rádio foi muito difícil pra mim pois eu usei a máscara que marcava o local da radiação e inchei muito, por causa da cortisona. No fim da série, quase que não coube a máscara, estava muito apertado e doía... mas felizmente consegui terminar sem precisar adiar, valeu o esforço!
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Aline - Sim, vários, em todos os tratamentos algum efeito colateral foi sentido. Eu sempre tentei (e com tudo na vida eu tento) rir e sorrir, levar numa boa, pedir ajuda à espiritualidade durante esse caminho, e isso sempre me ajudou: alegria, esperança e fé. Além dessa parte minha, o amor, o carinho, a atenção e o cuidado que sempre recebi da minha família foram fundamentais!
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Aline - A melhor possível, com sinceridade, honestidade, toda a informação em aberto e conversando, sempre.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Aline - Sim, com outros médicos da área de Oncologia que acompanharam a rádio e com o Neurocirurgião, que fez uma cirurgia perfeita e retirou todo o possível sem deixar sequela nenhuma. Fora toda a equipe do hospital onde fiquei na cirurgia.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Aline - Não, não tive necessidade.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Aline - Estou me recuperando e colocando a vida "em dia", indo às consultas das áreas comuns da saúde (oculista, alergologista, gastro) e me preparando para voltar a trabalhar assim que terminar a licença.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Aline - Estou de licença por afastamento até setembro.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Aline - Sim, o saque do FGTS foi o principal.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Aline - Viver, ter alegria, fazer o bem e poder ajudar, em termos emocionais e os demais possíveis, a quem precise de mim.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Aline - Tenha fé. Fé em Deus (seja no que você acredite), esperança, alegria e força. Tenha sempre a certeza de que a sua esperança, a sua forma de pensar, a sua positividade serão cruciais para que tudo dê certo e o câncer não passe de um episódio difícil. E se alguém disser que o seu não terá cura, use o tempo que tiver para realizar tudo de bom, agradecer a quem precise e estar com quem ama.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Aline - No Facebook.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Aline - Não, acho vocês ótimos!
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Aline - A saúde pública deve ter todo o necessário para examinar e tratar o câncer em todo o país, sempre! Eu tive a sorte de ter um plano de saúde, mas sei de vários casos nos quais o atraso e a falta de vagas só prejudicou os pacientes.
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