[Linfoma de Hodgkin] Alice De Moraes Falleiro

Aprendendo com Você
Alice de Moraes Falleiro
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Alice - Alice, tenho 32 anos. Sou estudante.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Alice - Senti um inchadinho embaixo do pescoço, no centro, perto da região onde fica a tireoide. Hoje sei que ali é a região do mediastino, onde fica o timo.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Alice - Não tive os sintomas relatados pela maioria dos pacientes com linfoma de hodgkin. Somente percebi que meu pescoço embaixo estava mais inchado.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Alice - Na verdade, achávamos que seria algo na tireoide. Por isso, fiz uma ecografia dessa glândula. Na ecografia apareceu um nódulo muito grande (mais de 10 cm) que se estendia para a região torácica. Diante disso, o médico achou melhor realizar a retirada. Até então achando que fosse na tireoide. No entanto, ao realizar o procedimento cirúrgico, percebeu que a origem do tumor era no mediastino e se estendia para cima, somente se "agarrando" na tireoide. Diferente de outros pacientes, eu não fiz biópsia antes da cirurgia e tenho uma cicatriz grande abaixo do pescoço.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Alice - Fiquei sem reação. Em estado de choque. Pensei que aquilo somente poderia ser um pesadelo.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Alice - Lidar com o desconhecido. Lidar com as incertezas do que viria pela frente.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Alice - Finalizei o tratamento há 8 meses. Fiz a cirurgia para retirar o tumor e logo iniciei a quimioterapia. Foram 12 sessões do protocolo ABVD. Ainda, coloquei o cateter e fiz biopsia da medula óssea, após a confirmação do diagnóstico de linfoma de Hodgkin. Não fiz radioterapia, pois meu tratamento teve uma boa resposta. O pior certamente são os efeitos colaterais da quimioterapia durante e após o tratamento. Eu tive inflamações no pulmão devido a uma medicação d o protocolo utilizado. Hoje estou super bem, organismo se recuperando e a vida voltando ao normal.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Alice - A quimioterapia, porque ela tem efeitos colaterais. Eu, por exemplo, sofri com a mucosite e dor nos ossos.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Alice - Sim, tive efeitos colaterais como mucosite e dor nos ossos, além de insônia pós quimio. Consultei nutricionista especializada em oncologia e me ajudou muito.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Alice - Muito boa.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Alice - Sim. Nutricionista, psicólogo, terapeuta de reiki e acupuntura.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Alice - Fiz durante o tratamento e sigo após finalizar o tratamento. Acredito que foi fundamental na minha recuperação e também na fase pós câncer. Para mim, a fase mais difícil, pois nos sentimos "perdidos" quando o tratamento acaba. O profissional nos ajuda a entender o processo e como retomar a vida.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Alice - Estou muito bem! Terminei o mestrado (interrompido pelo diagnóstico) e trabalho em um projeto de autoestima contra o câncer (Projeto Camaleão). Ainda, colaboro com textos para o Blog Além do Cabelo - câncer não é escolha, bom humor é. Aos poucos, vejo minha vida voltando ao normal.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Alice - Eu era estudante de mestrado. Interrompi minhas atividades acadêmicas no período do tratamento.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Alice - Tento não fazer muitos planos a longo prazo e não criar grandes expectativas. Aprendi com a doença a viver um dia de cada vez. Pretendo seguir pesquisando sobre sustentabilidade e seguir trabalhando e ajudando outras pacientes com o blog e o projeto camaleão.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Alice - Foque no tratamento. Ajude o seu corpo a receber bem a medicação com uma alimentação orientada e exercícios prescritos, mesmo que uma caminhada leve ou somente um alongamento. Procure se distrair e não alimentar sentimentos negativos ou pessimistas.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Alice - Pelo blog Além do cabelo através da Flávia Maoli.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Alice - Trabalhar na prevenção da doença e abrir mais vagas pelo SUS para tratamentos contra o câncer. Muitas vezes a realização de exames demora e sabemos que o câncer é uma doença que não pode esperar!
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