[Câncer de Mama] Adriana Ruta Real

Aprendendo com Você

• Essa entrevista foi preenchida em 22/06/2015

• Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Adriana - 39 anos, secretária executiva, casada, 2 filhos.
• Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Adriana - Descobri o câncer em exame de rotina.
• Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Adriana - Não.
• Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Adriana - Foi muito rápido, não tive dificuldades fora o medo da doença.
• Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Adriana - Foi como se tivesse recebido uma sentença de morte. Achei que ia morrer, fiquei péssima, chorei muito.
• Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Adriana - Achei que ia morrer, fiquei preocupada como seria dar a notícia aos meus filhos, minha mãe, meu marido. Como seria no trabalho, eu poderia perdê-lo? Ia ficar mutilada? Foram muitas dúvidas, todas de uma vez só.
• Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Adriana - Fiz mastectomia radical em junho/14 e 4 sessões de quimioterapia, que terminei em outubro/14. Estou acompanhando e tomando tamoxifeno.
• Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Adriana - O mais difícil é a quimioterapia, pois além de mexer muito com a resistência (muitos efeitos colaterais), tem o aspecto físico, mexe muito com a autoestima.
• Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Adriana - Sim, engordei, tive muito enjoo, sono e depois insônia, diarreia, mal estar. Ainda tenho tudo isso mais dores de cabeça e nas pernas/pés.
• Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Adriana - Excelente, ele se tornou uma pessoa imprescindível na minha vida! Não faço nada sem falar com ele!
• Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Adriana - Sim, com o mastologista que me operou e com a ginecologista que descobriu a doença.
• Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Adriana - Sim, ainda estou em terapia. Tudo isso mexeu e ainda mexe com a minha auto estima e ela é super importante para me ajudar a reorganizar a minha vida de forma geral.
• Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Adriana - Levo uma vida normal, mas ainda luto com a perda da auto estima e vivo com medo da doença. Cada exame é uma tortura!
• Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Adriana - Trabalhei direto, inclusive no período da quimio. Só parei para a cirurgia.
• Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Adriana - Sim, saque do FGTS. Estou buscando agora o direito a compra de veículo automático.
• Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Adriana - Continuar a trabalhar, levar uma vida mais saudável e ter mais tempo para mim e minha família! Eu sou a prioridade agora.
• Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Adriana - Tenha calma, tenha fé e tenha muita coragem! Não é fácil, mas você vai passar por isso e lá na frente vai ver que deu certo, passou!
• Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Adriana - Através de buscas na Internet quando descobri a doença.
• Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Adriana - Gostaria de aproveitar para parabenizar o trabalho fantástico de vocês! Vocês fazem a diferença nas vidas das pessoas, fizeram na minha!
• Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Adriana - O câncer deveria ser encarado como uma doença que requer PRIORIDADES, CUIDADOS, ATENÇÃO E MUITO AMOR! Ninguém escolhe ter um câncer, não é fácil MESMO receber o diagnóstico. As pessoas que estão com essa doença MERECEM RESPEITO e RECEBER SEUS DIREITOS COM A MAIOR BREVIDADE POSSÍVEL!