[Câncer de Mama] Adriana G. Dantas

Aprendendo com Você
  • Instituto Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e estado?) Adriana - Sou Adriana, tenho 29 anos, sou cozinheira e trabalho com doces e bolos para aniversários. Tenho uma filha de 11 anos, sou casada e moro em Irati, no estado do Paraná.
  • Instituto Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer? Adriana - Descobri um nódulo muito pequeno na mama esquerda no auto exame, no final de 2013. Fiz uma eco, levei ao médico e ele me disse que poderia ser uma bolinha de gordura, mas nada grave. Como percebi que crescia, voltei a fazer outra eco e também a mamografia, com os resultados em mãos voltei, agora com outra médica, a qual novamente me disse pra ficar sossegada que não era nada, mas insisti e pedi um encaminhamento para biópsia. Fui então para cidade vizinha, Ponta Grossa, com um médico oncologista, fiz a biópsia e em julho de 2015 tive o diagnóstico: Carcinoma Ductal Invasivo.
  • Instituto Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais? Adriana - A princípio não tive nenhum sintoma, somente depois que começou crescer o nódulo é que sentia algumas dores, mas muito raramente.
  • Instituto Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico? Adriana - Até agora, mesmo o meu tratamento sendo pelo SUS, não tive nenhuma dificuldade.
  • Instituto Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que pensou? Adriana - Desde o começo fui me preparando, por que sentia que algo iria acontecer. Mas confesso que, mesmo me preparando psicologicamente, receber o diagnóstico não é nada fácil. É um choque, a gente perde o chão, se desespera e o primeiro pensamento que vem é "vou morrer", mas tem que erguer a cabeça e ir à luta.
  • Instituto Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento? Adriana - Minha maior preocupação foi como dar a notícia pra minha filha e minha família, visto que meu pai também tinha tido um diagnóstico de câncer de próstata a pouco tempo e a família já vinha sofrendo por isso.
  • Instituto Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi enfrentar todos os tratamentos? Adriana - Logo que fui diagnosticada, fiz todos os exames e comecei as quimio, visto que o tumor precisava reduzir um pouco antes da cirurgia. Fiz 4 sessões de quimio vermelhas, a cada 21 dias, depois mais 12 brancas semanalmente e terminei as químios em fevereiro de 2016, fiz minha cirurgia dia 23 de março, a principio seria a mastectomia, mas como o tumor reduziu com o tratamento, então fiz somente a quadrantectomia e esvaziamento da axila. Com duas semanas, houve uma complicaçãozinha, houve acumulo de líquido no local da cirurgia, e acabou soltando os pontos, então tive que passar por mais um processo cirúrgico e fiz uma sutura. Estou em recuperação, mas esta tudo bem. Ainda vou ter que fazer rádio e mais quimios, mas ainda não sei como serão esses processos.
  • Instituto Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê? Adriana - A parte mais difícil foram as quimios vermelhas, onde tive a queda dos cabelos, indisposição e os enjoos. O restante foi mais tranquilo.
  • Instituto Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou com isso? O que te ajudou? Adriana - Tive bastante náuseas, então procurava não forçar muito para comer, tomava muito suco (principalmente de couve e laranja), uma outra coisa que me fazia bem quando estava enjoada era tomar sorvete picolé, isso me ajudava bastante. Comia bastante frutas, já que comida cozida não conseguia comer nos primeiros 3 dias pós químio.
  • Instituto Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista? Adriana - Tenho uma relação muito boa, sempre que tenho dúvidas ele me esclarece e é bem atencioso.
  • Instituto Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por quê? Adriana - Não. Somente com a equipe oncológica mesmo.
  • Instituto Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida. Adriana - Não faço acompanhamento psicológico, ainda não senti necessidade.
  • Instituto Oncoguia - Como está a sua vida hoje? Adriana - Minha vida está tranquila. Tem aqueles dias que fico um pouco pra baixo e bate um desânimo, uma desesperança. Mas logo passa, pois sei que tenho que enfrentar de cabeça erguida e que tenho muita vida pela frente, uma família linda pra cuidar e muitos sonhos ainda pra realizar.
  • Instituto Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer? Adriana - Estou afastada do trabalho.
  • Instituto Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais? Adriana - Sim, busquei meus direitos, consegui auxílio doença no INSS e consegui sacar meu FGTS.
  • Instituto Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro? Adriana - Tenho muitos projetos ainda, pretendo cursar uma faculdade, montar minha doceria, q já era um plano, mas tive q interromper por causa do tratamento, e também pretendo se assim Deus me permitir ter mais um filho, que também era planejado e teve que ser interrompido por enquanto, sou evangélica e pretendo dar meu testemunho de vida pra outras pessoas em todo lugar.
  • Instituto Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o diagnóstico de câncer hoje? Adriana - Para quem esta recebendo o diagnóstico hoje, eu digo que se mantenha firme. Não é fácil, mas temos que enfrentarmos com fé e garra. É um tratamento doloroso, mas tem que ser feito. Com fé em Deus tudo dará certo.
  • Instituto Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia? Adriana - Através das redes sociais.
  • Instituto Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar? Adriana - Só agradecer, sempre estou visitando a página e sempre tem boas dicas e esclarecimentos.
  • Instituto Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros! Adriana - Na cidade onde faço meu tratamento, pelo SUS, sou muito bem atendida. Mesmo assim, vejo que a realidade de muitas outras cidades é bem diferente, ainda se vê muito a falta de atendimento, a demora nos diagnósticos, a falta de medicamentos para quimioterapia e tantas outras coisas, então só pedir uma atenção melhor na parte de Oncologia, pois vemos que em muitas cidades é bem precário.
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